sexta-feira, 10 de outubro de 2014

REMOENDO OS NÙMEROS DA ELEIÇÃO EM PAULÍNIA

Alerta aos líderes de grupos políticos
Passado o calor do clima da eleição em primeiro turno para a Presidência da República e Governo dos Estados, bem como para os proporcionais, deputados estaduais e deputados federais, a classe política de Paulínia deve refletir sobre o comportamento do eleitor. As lideranças e grupos articulados ficaram expostas diante do eleitorado com as votações dos candidatos apoiados por ele.
Todos no painel
Um novo cenário para 2016 poderá ser desenhado a partir dos números confirmados. Político de verdade não vive só de vitória e nem só de derrotas, vive de resultados. Os resultados satisfatórios são administrados e os resultados desfavoráveis são analisados e confrontados na linha geral da conjuntura para ajustes das propostas, estruturas de trabalho, relacionamento com seu grupo e estratégias de ação e comunicação com seu público.
Ponto de vista
Para nossa surpresa, ainda existem pessoas que preferem atacar quem escreve do que pensar e analisar o que a gente escreve. São o que deveriam calçar sandálias, pisar de leve nas pessoas e procurar ver obstáculos.
Só que ao contrário, formam um tipo de político que tem a necessidade de se mostrar acima de tudo e de todos. O processo do qual saímos em 5 de outubro, mostrou que essas pessoas estão mesmo por baixo das massas e vão de ladeira abaixo na escalada pelo poder na cidade, caso persistam na mesma toada, a considerar a estrutura montada, o investimento em pessoas, a barulheira em seu nome, tudo comparado com as votações obtidas.
Ponto de vista II
A presente edição do NOTÍCIA23- apresenta importantes observações do processo da eleição de 2014 e uma percepção do comportamento do eleitor.Com certeza, nossos apontamentos poderão contribuir para melhorar o desempenho de lideranças perante seus aliados e ajudar na reorganização dos grupos e partidos políticos.
Então vejamos
Votações recebidas em Paulínia por candidaturas expressivas nacionalmente não fez o eco esperado e nem cabe a nós avaliar os motivos. Só que vale destacar que pelo barulho feito na cidade, o dirigente maior do PMDB no Estado teve uma votação muito baixa, embora tenha sido eleito. Pouco mais de 200 votos por uma panfletagem em massa e equipe uniformizada nas ruas e semáforos, significa que algo não funcionou. Outro destaque que merece ser observado foi a votação de Jaiminho (PSC) em Paulínia. Ex vereador, ex-presidente da Câmara, secretário licenciado e candidato a deputado estadual mais de uma vez, portanto homem muito conhecido.
Os números exatos
Para poupar as pessoas de considerações pejorativas, a gente prefere não revelar números e se ater só na performance dos casos que mais chamam a atenção. Um quadro das votações está publicado. O vice- prefeito Francisco Bonavita(PTB) viu a votação de seu candidato Campos diminuir em relação às eleições de 2010. Ele deve ter coçado a cabeça com o resultado a procura de explicação. Uma delas pode ser o afastamento da família Nasário com o vereador Fábio Valadão (Pros) que apoiou a candidatura de Cidão Santos a Estadual . Por outro lado, Bona teve o reforço do mandato do vereador Zé Côco e de muitos ocupantes dos cargos em comissionados.
Tuta e o time
Enganou com a cor da chita quem pensou que o empresário Tuta Bosco e o ex- prefeito José Pavan Júnior estivessem no mesmo projeto. Ao contrário, Tuta, cujo nome é anunciado pelos quatro cantos da cidade, como possível candidato a prefeito, deixou de lado o vereador Edilsinho Rodrigues e apoiou Rogério Nogueira do DEM para deputado estadual e Alex Manente para deputado federal. Pela logística montada com equipe e barulheira, hoje estamos seguros em afirmar que o nome dele não empina como candidato a prefeito. Ele sabe o quanto investiu e qual foi o resultado.
Só na impressão
Prefeito por dois mandatos e mas sete meses num terceiro, José Pavan Júnior (PSB) ficou além das expectativas esperadas pelo público e confirmou a máxima de que sem o ex-prefeito Edson Moura, ele não sai do chão.
Pavan Júnior teve menos votos do que o vereador Danilo Barros ( PCdoB). Homem e família tradicional, eleito a primeira vez ainda muito moço em 88 com o prestígio do pai, o ex- prefeito José Pavan, perdeu em 96 para Dude Vedovelo, então vice- prefeito e apoiado por Edson Moura que ganhou do candidato, Plínio Chaer Borges dele em 92. Essa é a história de Pavan versus Moura que vamos contando aos poucos.
Não decola
Em 2.000, Pavan perdeu para o próprio Moura com quem reatou e se compôs, voltando ao cargo em 2008, ao vencer por pequena diferença, Dixon Carvalho (PT). Em 2010, rompido com Moura, perdeu para Edson Moura Junior e ficou no cargo até julho de 2013 por força de medidas judiciais.
Dispersos e enfraquecidos
Ao contrário do que se pensava, o grupo de José Pavan Júnior se desgarrou dele. O único seu fiel escudeiro e seu estrategista é João Natanael de Souza, um ex- mourista que tem como escudo o PRTB e como referência política a vereadora Ângela Duarte, por enquanto, crítica ardorosa da administração do prefeito Edson Moura Júnior.
Infidelidade partidáriaPor serem do grupo de Junior Pavan, esse pessoal do PRTB deu as costas para o candidato à presidência da República, Levy Fidelix . O apoio ao próprio Pavan como candidato a deputado estadual e a candidata Marina Silva, foi organizado e coordenado por João Natanael , coordenador politico grupo. Eles se arvoram de responsáveis pela votação de Marina na cidade, menosprezam Levy Fidelix e não assumiram as propostas ousadas defendidas pelo candidato.
Curiosidade e esperteza
Em seus embates contra o grupo do prefeito Moura Júnior, José Pavan buscou apoio de lideranças do PT e prometeu apoiar as candidaturas do partido. No meio do caminho, ele perdeu os direitos políticos e com essa ajuda conseguiu uma liminar em Brasília. A idéia de mostrar apto a voltar ao comando do Palácio 28 de fevereiro, o levou a ser candidato deputado estadual. Agora se a intenção era mostrar força para uma possível disputa, o plano foi por água abaixo.
Euforia e cautela
Se o vereador Danilo Barros (PCdo B) for no barulho dos afoitos de que pela votação recebida já é credenciado como candidato a prefeito, já nos faz lembrar Adilson Palito, outro hoje no PCdoB. O moço espalhou painéis pela cidade se apresentando como o sucessor de Edson Moura e deu no que deu. Palito foi presidente da Câmara no lugar do vereador Marquinhos da Bola, afastado pela Justiça e saiu candidato a prefeito em 2012. E só.
Remoendo os números
Por outro lado, o PT de Paulínia se rearticula e mobiliza para buscar os votos para a reeleição da Dilma no segundo turno. Membros do Diretório e militantes aproveitam o movimento dos mutirões em busca de votos para divulgar o projeto politico do PT e para mobilizar os filiados na participação em movimentos sociais e reforçar a ação politica de seus dois vereadores na Câmara.

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